segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Esse incrível amor...

Dizem que é este arroubo que faz o coração disparar, o sangue fluir ao rosto, as pernas tremerem ante a visão do ser amado. Afirmam que amar é abraçar forte e, abraçados, assistirem o sol se aconchegar no poente, para adormecer até ser despertado pela manhã. Falam que o amor é este sentimento que emula o ser a escrever poemas, a declamar sonetos e compor serenatas...

Sim, tudo isto são expressões do amor. Do amor de um ser para o outro.
Mãos que se entrelaçam, corpos que se aproximam, que se movimentam ao som da música que os embala. Abraços, beijos. Mas o amor verdadeiro é quando tudo isso persiste após anos de convivência. 
Amar é sentir prazer de estar com o outro, ouvi-lo, acalentá-lo. Nos dias tristes, o amor é a nota melódica que cantarola esperança em ouvidos atentos. 

É fazer uma declaração de amor, cantando versos, depois que as rugas fizeram arabescos na face e os cabelos se tingiram de neve e prata, ao toque dos delicados dedos do tempo. Amar é, depois de filhos crescidos, netos à vista, dançar à luz do luar, no jardim da casa, na varanda do apartamento, observados por um céu de estrelas. Amar é surpreender o outro com uma flor, um mimo em data qualquer. É sair para tomar um suco, um só, no mesmo copo, com dois canudinhos. Só para poder encostar o nariz um no outro e os olhos sorrirem. É repartir a pizza, para dividir as calorias. É tantas coisas pequenas, grandes, imensas... É dizer: Deixe que eu faço.Você está tão cansada. 
É descobrir o que pode fazer o outro mais feliz. É preocupar-se com ele. 
É comentar o novo penteado, elogiar a roupa nova. 
É segurar a mão, no hospital, enquanto o ser amado convalesce. 
É falar de esperança, acenando melhores dias, quando as sombras do desalento comparecem no céu familiar. 
Amar é ter tempo para assistir juntos um filme, comentar depois e... assistir outra vez, para reviver as emoções positivas da primeira vez. 
É lembrar do dia do aniversário, é surpreender. 
Enfim, o amor verdadeiro é aquele que solidifica nos anos, amadurece no tempo e se perpetua pela vida afora. 
Pense nisso e se pergunte se você ama de verdade.
Pense quando foi a última vez que fez uma declaração de amor, fez um elogio, deu um presente. 
Quando foi a última vez que saiu para jantar, para dançar, para passear. 
Quando foi a última vez que saíram de mãos dadas, que assistiram a um show de cabeças coladas uma à outra... 

Pense. 
E se descobrir que faz muito tempo, surpreenda seu amor ainda hoje. 
Convide. Invente, mostre que em seu coração o sentimento sublime ainda vige forte, rijo, maravilhosamente presente.Mas, faça isso, hoje. 
Não estanque o gesto, nem perca a chance. 

O amanhã poderá ser o momento que não chega.

Fonte: [Desconhecido]

Nenhum comentário:

Postar um comentário